quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Jornalista Zuenir Ventura é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras




Zuenir Ventura na mesa "Em Nome do Pai" na Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip 2014


Zuenir Ventura na mesa "Em Nome do Pai" na Festa Literária Internacional de Paraty, a Flip 2014


O escritor e jornalista Zuenir Ventura foi eleito nesta quinta-feira (30) como o sucessor de Ariano Suassuna na Academia Brasileira de Letras, em votação realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro.

Colunista do jornal "O Globo", Zuenir Ventura, 83, é um dos mais renomados jornalistas do país --vencedor do Prêmios Esso de Jornalismo e do prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Ele se torna o novo ocupante da cadeira 32, vaga após a morte de Suassuna no dia 23 de julho deste ano, no Recife.

"Recebemos Zuenir com grande alegria", disse o presidente da ABL, Geraldo de Holanda Cavalcante. "Ele é um cronista, um escritor querido por sua dedicação e por sua lucidez. A Academia está muito feliz em recebê-lo", afirmou.

Zuenir recebeu 35 dos 37 votos possíveis, enquanto Thiago de Mello e Olga Savary tiveram um voto cada. A eleição foi realizada com a presença de 18 acadêmicos e os outros 19 votaram por carta.

Além de Suassuna, os ocupantes anteriores da cadeira 32 foram Carlos de Laet, Ramiz Galvão, Viriato Correia, Joracy Camargo e Genolino Amado.

Carreira

Nascido em 1931 em Além Paraíba, interior de Minas Gerais, Zuenir ingressou no jornal carioca "Tribuna da Imprensa" nos anos 1950. Em 1959, recebeu uma bolsa do governo francês para estudar em Paris, e atuou como correspondente da "Tribuna", fazendo coberturas de eventos históricos, como a passagem de João Goulart pela capital francesa antes de se tornar presidente e o encontro de cúpula em Viena entre Kennedy e Kruschev.

Zuenir depois retornou ao Brasil e trabalhou em veículos como "O Cruzeiro" e "Visão". Em 1968 foi preso, acusado de atividades subversivas pela ditadura militar. Ele depois escreveria um dos maiores destaques de sua bibliografia: "1968: O Ano que Não Terminou" (1989), que se tornaria inspiração para a minissérie "Anos Rebeldes", da Rede Globo. Nos anos 1970 e 1980, Zuenir ocupou ainda cargos de chefia em publicações como as revistas "Veja" e "IstoÉ".

Em 1989, o jornalista foi enviado para o Acre para cobrir para o "Jornal do Brasil" um dos casos de maior repercussão daquele ano: o assassinato do líder seringueiro Chico Mendes. Com as reportagens, Zuenir ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo e o prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.

Ele ainda voltaria ao tema em 1990, quando voltou à região para acompanhar o julgamento dos responsáveis pela morte de Chico Mendes. O caso foi retomado no livro "Chico Mendes - Crime e Castigo", publicado em 2003, obra que reúne as reportagens originais sobre o seringueiro e também narra uma viagem de retorno ao Acre 15 anos depois, na qual Zuenir revisitou lugares e personagens envolvidos no crime.

Em 1995, Zuenir ficou com o segundo lugar no Prêmio Jabuti de Reportagem pelo livro "Cidade Partida", em que conta a experiência de passar nove meses frequentando a favela de Vigário Geral e retrata as causas da violência no Rio.

No cinema,  ele codirigiu o documentário "Um Dia Qualquer" e foi roteirista de outro, "Paulinho da Viola: Meu Tempo É Hoje", de Izabel Jaguaribe. Suas livros mais recentes são "Minhas Histórias dos Outros", "1968 - O que Fizemos de Nós" e "Conversa sobre o Tempo", com Luis Fernando Verissimo.

Em 2008, Zuenir Ventura recebeu da ONU um troféu especial por ter sido um dos cinco jornalistas que "mais contribuíram para a defesa dos direitos humanos no país nos últimos 30 anos". Em 2010, foi eleito "O jornalista do ano" pela Associação dos Correspondentes Estrangeiros.

Aos 81 anos, em 2012, o jornalista se lançou à literatura e publicou seu primeiro livro de ficção, "A Sagrada Família", em que se inspira em suas memórias para narrar as descobertas, relações afetivas, sexuais, a culpa e o pecado de um garoto na década de 1940.

sábado, 4 de outubro de 2014

Ibope, votos válidos: Dilma tem 46%, Aécio, 27%, e Marina, 24%

Ibope - votos válidos - 4.10 (Foto: Arte/G1) 



Instituto ouviu 3.010 eleitores entre os dias 2 e 4 de outubro.Pesquisa está registrada no TSE.


Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (4) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto válidos na corrida para a Presidência da República:
- Dilma Rousseff (PT): 46%
- Aécio Neves (PSDB): 27%
- Marina Silva (PSB): 24%
- Pastor Everaldo (PSC): 1%
- Luciana Genro (PSOL): 1%
- Eduardo Jorge (PV): 1%
- Zé Maria (PSTU): 0%
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
- Eymael (PSDC): 0%
- Levy Fidelix (PRTB): 0%
- Mauro Iasi (PCB): 0%
Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S.Paulo".

Segundo o Ibope, "após o debate, Dilma segue na liderança; Aécio cresce e fica numericamente à frente de Marina, porém, em situação de empate técnico".

Datafolha, votos válidos: Dilma tem 44%, Aécio, 26%, e Marina, 24%

Datafolha - Votos válidos - 4.10 (Foto: Arte/G1) 


Instituto ouviu 18.116 eleitores nos dias 3 e 4 de outubro.Pesquisa está registrada no TSE sob o número 1037/2014.

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (4) aponta os seguintes percentuais de intenção de voto válidos na corrida para a Presidência da República:

- Dilma Rousseff (PT): 44%
- Aécio Neves (PSDB): 26%
- Marina Silva (PSB): 24%
- Luciana Genro (PSOL): 2%
- Pastor Everaldo (PSC): 1%
- Eduardo Jorge (PV): 1%
- Levy Fidelix (PRTB): 1%
- Zé Maria (PSTU): 0%
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
- Eymael (PSDC): 0%
- Mauro Iasi (PCB): 0%


Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo".

Votos totais

Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são:


- Dilma Rousseffx (PT): 40%
- Aécio Neves (PSDB): 24%
- Marina Silva (PSB): 22%
- Pastor Everaldo (PSC): 1%
- Luciana Genro (PSOL): 1%
- Eduardo Jorge (PV): 1%
- Zé Maria (PSTU): 0%*
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0%*
- Eymael (PSDC): 0%*
- Levy Fidelix (PRTB): 0%*
- Mauro Iasi (PCB): 0%*
- Branco/nulo: 4%
- Não sabe/não respondeu: 5%


* Cada um dos cinco indicados com 0% não atingiu, individualmente, 1% das intenções de voto; somados, eles têm 1%.

No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 2, Dilma tinha 40%, Marina, 24%, e Aécio, 21%.

Segundo turno

O levantamento divulgado neste sábado indica que, em um eventual segundo turno entre Dilma e Marina, a candidata do PT tem 49% das intenções de voto e a do PSB, 39% dos votos totais. Na sexta, Dilma tinha 48% e Marina, 41%.


Na simulação de segundo turno entre Dilma e Aécio, a petista vence por 48% a 42% (48% a 41% no levantamento anterior).

O Datafolha ouviu 18.116 eleitores nos dias 3 e 4 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01037/2014.

Espontânea
Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao entrevistado em quem ele pretende votar, sem apresentar a lista de candidatos), os resultados são os seguintes:


- Dilma Rousseff: 36%
- Aécio Neves: 20%
- Marina Silva: 19%
- Luciana Genro: 1%
- Outras respostas: 1%
- Em branco/nulo/nenhum: 5%
- Não sabe: 16%