Turismo religioso rende mais dinheiro do que a Copa do Mundo
O turismo religioso, no Brasil, movimenta R$ 61,7 bilhões
por ano e que 3,6% de todas as viagens aéreas nacionais são para
transportar cerca de 8,1 milhões de peregrinos.
Mundialmente,
o turismo religioso movimento aproximadamente 330 milhões de pessoas,
gerando receita de US$ 468 bilhões, o equivalente a R$ 1 trilhão.
> Copa das Confederações
A
Copa das Confederações, de acordo com o Ministério do Turismo,
movimentou, em todo o Brasil, 230 mil turistas brasileiros e 20 mil
estrangeiros, gerando receita de R$ 740 milhões.
> Jornada Mundial da Juventude (JMJ)
A
UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) reporta que a JMJ levou
até o Rio de Janeiro 1,5 milhão de brasileiros e 500 mil estrangeiros –
de 61 países - que geraram receita de R$ 1,2 bilhão à cidade.
Apenas
o Rio de Janeiro, com o turismo religioso da eventual visita do papa
Francisco, recebeu mais pessoas, que geraram mais renda, do que a Copa
das Confederações em todo o Brasil.
> Copa do Mundo
A
expectativa do Ministério do Turismo é que a Copa do Mundo de 2014
traga ao Brasil 600 mil pessoas - o que é apenas 100 mil a mais do que
trouxe a JMJ – é gere receitas aproximadas de R$ 3 bilhões.
Para
sedia-la, os governos federal e estaduais, em renúncias fiscais,
investimentos diretos, e financiamentos (o BNDES jamais receberá um
tostão do que “emprestou” para fazer estádios) despendem R$ 28 bilhões.
> Custo da JMJ
O
governo federal, o estado do Rio de Janeiro e a cidade do Rio de
Janeiro despenderam com o a visita do papa (números oficiais)
aproximadamente R$ 320 milhões, para uma receita de R$ 1,2 bilhão.
> Fazendo as contas
Se
a Copa do Mundo corresponder às expectativas do Ministério do Turismo e
gerar R$ 3 bilhões de receita, nós ficaremos com R$ 25 bilhões de
déficit (R$ 28 bilhões minus R$ 3 bilhões).
A visita do papa nos deu R$ 880 milhões de lucro (R$ 1,2 bilhão minus
R$ 320 milhões). Portanto, eu acho melhor o governo federal se virar
para trazer o Francisco todos os anos em uma capital de estado e nunca
mais pensar em sediar Copa do Mundo.
As
elucubrações não são religiosas, mas financeiras. Oportunamente darei a
minha opinião sobre a visita do papa, do ponto de vista religioso.
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