quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Crivella nega que sua indicação tenha relação com eleição em SP


Novo ministro da Pesca, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) negou nesta quarta-feira que seu nome tenha sido escolhido pelo Palácio do Planalto para interferir no cenário da disputa pela Prefeitura de São Paulo e também para amenizar conflitos de setores do governo com os evangélicos. 

Crivella afirmou que a presidente Dilma Rousseff "usou de toda sua genialidade política para abrigar um partido por afinidade" e que a conversa com ela foi "técnica", sem passar pela disputa municipal. 

O PRB tem como pré-candidato em São Paulo o ex-deputado Celso Russomanno. 

"Acho que o PRB em São tem um candidato, que é o Celso Russomano, e em nenhum momento quando a presidente me convidou isso foi aventado. Pelo contrário, só tivemos conversas técnicas", disse. 

O senador afirmou que foi convidado no fim de semana e que Dilma "insistiu em seu nome" e que "ela queria fazer uma homenagem ao povo fluminenese". 

Crivella disse que sua indicação não foi por conta da bancada evangélica. "Faço parte da bancada evangélica e espero que ela consiga cooperar com o governo. Mas eu sou indicado do PRB e não da bancada evangélica, embora tenha muita honra de pertencer a ela." 

O futuro ministro disse esperar que o segmento religioso fique mais próximo do governo. "Sempre trabalhei para dirimir dúvidas e eu faço parte deste o governo. Acho que os resultados deste governo são fabulosos e eu tenho procurado mostrar isso a bancada evangélica." 

Segundo o futuro ministro, o PRB que teve José Alencar como vice do ex-presidente Lula é muito ligado ao governo. O partido tem um senador e 10 deputados. "É uma afinidade de projeto, de comportamento, que nós herdamos do presidente José Alencar." 

Ele afirmou que acompanha o ministério desde 2003. "Meu partido já ocupou uma secretaria com status de ministério, que fez um estudo de metas e que a pesca previa gerar um milhão de empregos, triplicar a produção sustentação da agricultura, duplicar a captura de peixes e duplicar o consumo per capita de peixe no Brasil. Acho que nós devíamos ter uma Embrapa da pesca", disse.

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