Dias depois de o ex-governador José Serra demonstrar disposição para concorrer à Prefeitura de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff chamou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), para uma reunião no Palácio do Planalto.
O encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira (15) e não foi divulgado previamente na agenda oficial de trabalho de ambos. "Sempre que é uma audiência à convite da Presidenta da Republica (...) eu deixo a critério do presidente colocar na agenda. Tinha um pedido meu de audiência há algum tempo e ela, através da sua assessoria, nos ligou marcando uma audiência", justificou o prefeito.
Kassab afirmou que a dívida da cidade com o governo federal e a candidatura de São Paulo para ser sede da Exposição Mundial em 2020 foram os temas do encontro. Ele negou que uma possível aliança entre o seu partido e o PT nas eleições municipais paulistanas tenha sido discutida na reunião, que durou cerca de 40 minutos.
"Seria até uma desconsideração com a presidenta. Eu vim aqui como prefeito de São Paulo, não como líder partidário."
Sucessor de Serra na prefeitura da cidade, Kassab, presidente do PSD, ainda não fechou formalmente uma aliança com o PT, nem com os tucanos. Ele negou estar fazendo jogo duplo.
"Tudo tem o seu tempo. A relação com o PT é muito respeitosa, tem sido muito transparente, muito honesta. As declarações do candidato Fernando Haddad têm sido muito adequadas", elogiou. Segundo ele, "o processo sucessório em São Paulo está se iniciando".
Kassab disse que no plano nacional o PSD é um partido "independente". "O próprio PT entende que a nossa gestão é um gestão do Serra e do Kassab e isso não impede o PT de ter conosco [alianças políticas]", afirmou o prefeito sobre alianças já firmadas entre as duas legendas em alguns municípios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário