quarta-feira, 14 de março de 2012

Reynaldo Gianecchini é recebido com aplausos na reestreia de "Cruel" em São Paulo


O ator Reynaldo Gianecchini voltou a pisar no palco do Teatro Faap, em São Paulo, às 21h23 desta terça-feira (13), para a reestréia da peça "Cruel". Sem cabelos, reflexo do tratamento contra o linfoma que enfrenta desde o ano passado, o ator foi recebido calorosamente pelo público. Assim que apareceu em cena, a platéia o interrompeu com uma forte onda de aplausos. Os ingressos para esta sessão de reestréia estavam esgotados.

O apresentador Marcos Mion foi um dos famosos que conferiram o retorno de Gianecchini. "Ele virou um exemplo para todos nós. Estou muito feliz e vou aplaudir por tudo", disse antes do início da peça.

Rafael Almeida também comemorou o retorno e disse que torcerá por ele. "Foi uma batalha, mas ele vai entrar e brilhar, como sempre."

Sobre o espetáculo

Na trama de "Cruel", Tekla (Maria Manoella) trai o marido Gustavo (Reynaldo Gianecchini) e se apaixona por um novo homem, Adolfo (Erik Marmo) com quem se casa. As dores, frustrações, inseguranças e falhas deste relacionamento são o tema da peça "Cruel", adaptação da obra do sueco August Strindberg.

Na época da estréia do espetáculo, Gianecchini falou sobre o que mais gostou no papel. "O que me interessou no texto foi a relação entre os personagens, as camadas de cada um. Ele [Gustavo] é o mais cruel, mas ao mesmo tempo é fraco. Tem uma coisa de vingança nisso tudo. O jeito dele de tentar superar a traição é os destruindo".

Erik Marmo, que interpreta Adolfo, o marido apaixonado e ao mesmo tempo inseguro pela possibilidade de perder a mulher, diz que criou o personagem com base em vivências próximas. "Todo mundo tem uma dor profunda, uma loucura. Tive que buscar em mim esses sentimentos para criar o personagem", explica Erik Marmo.

Para valorizar o intimismo do espetáculo, cerca de 100 lugares serão fechados para deixar a sala do Teatro Faap menor. "A idéia é que o público tenha a impressão de que está espiando sua própria vida pelo buraco da fechadura", explica o diretor Elias Andreato.

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