"Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre, que só tem dinheiro".
(Pedro de Lara)
Pedro de Lara, artista brasileiro nascido na cidade de Bom Conselho, Estado de Pernambuco, atingiu status de celebridade como jurado de programas de calouros no Show de calouros, apresentado por Silvio Santos, e ficou famoso na TV por carregar flores e pela fama de turrão. Começou a carreira artística depois de meados do século XX na Rádio Rio de Janeiro e foi chamado (1964) para ser jurado do programa do Chacrinha, na TV Tupi, onde conheceu Silvio Santos, que o levaria para o SBT anos mais tarde.
Foi radialista e participou como jurado de atrações musicais em outros programas popularescos, mas como homem de múltiplas atividades, foi astrólogo nas revistas Amiga e Sétimo Céu e radialista na Rádio Atual, escritor, ator e cantor e além de empresário de sua terceira esposa Mag de Lara. Como jurado de auditório, tornou-se conhecido por sua postura conservadora e moralista e também participou do programa do palhaço Bozo, como o personagem Salci Fufu, o mais estressado da turma, parceiro de Papai Papudo e Vovó Mafalda, e mais recentemente do Programa do Ratinho e de Gente que brilha, espécie de Show de calouros do século XXI. No cinema, atuou em vários filmes, a maioria pornochanchadas de baixa qualidade, como O estranho vício do Dr. Cornélio (1975), As 1001 posições do amor (1978), As taradas atacam (1978), Elke Maravilha contra o homem atômico (1978), Bonitas e gostosas (1979), Padre Pedro e a revolta das crianças (1984), Emoções sexuais de um cavalo (1986), A máfia sexual (1986) e As aventuras de Sérgio Mallandro (1987).
Publicou livros como o intrigante Porta Proibida - A Era dos Negros, publicado pela Galvão Editora e Distribuidora (1995) no qual fez previsões que os Estados Unidos sofreriam ataques terroristas em Nova York e Washington, e O Livro da sabedoria (1999), pela editora Madras, uma coletânea de pensamentos bem-humorados e alfinetadas nos caras-de-pau.
Morava com a esposa em São Paulo, onde tinha um escritório, mas ia bastante para o Rio de Janeiro e na sua última visita não retornou para a capital paulista. Ele estava com câncer de próstata e ao passar mal mais uma vez, foi levado para a clínica Climede, em Irajá, no subúrbio do Rio, mas já chegou morto ao local. O velório foi na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, na Cinelândia e o enterro no Cemitério São Francisco Xavier, também conhecido como Cemitério do Caju, na Zona Portuária da capital carioca. Era pai de Reinaldo Ferreira dos Santos, o filho mais velho, Larissa de Lara, filha do seu segundo casamento, este com Lidunia Paula de Oliveira, e de Pedrinho de Lara Junior, auto-denominado herdeiro do humor do pai.
Gustavo Pereira
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