BRASÍLIA – O ministro do Turismo, Pedro Novais, entregou o cargo à presidente Dilma Rousseff na tarde desta quarta-feira (14). O político já era alvo de deúncias no esquema investigado pela Operação Voucher da Polícia Federal e, nesta semana, a situação se complicou, após reportagens publicadas pelo jornal Folha de São Paulo afirmando que o ministro pagou, com recursos da Câmara, uma empregada doméstica e que sua mulher, Maria Helena de Melo, é atendida por um motorista da Casa. É o quinto ministro de Estado a cair em nove meses de governo.
De acordo com o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (RN), a decisão de entregar o cargo foi tomada pelo próprio ministro. Ele disse ao partido que “precisa de tempo para se defender”.
Segundo Alves, a bancada peemedebista na Câmara agora vai se reunir para definir o substituto de Novais.
A permanência de Novais foi tema de uma reunião no gabinete do vice-presidente Michel Temer nesta tarde.
Ao chegar para a reunião, o ministro disse que não sabia qual era o motivo da convocação. "Não sei que reunião é essa. Eu vim conversar com o meu amigo, o vice-presidente Michel Temer".
Participaram da reunião o próprio ministro, Alves e o vice-presidente. O PMDB decidiu aguardar o retorno de Temer, que estava em São Paulo, para decidir sobre a situação de Novais.
A presidenta Dilma Rousseff aceitou o pedido de demissão. De acordo com a ministra da Secretaria de Comunicação Social, da Presidência da República, Helena Chagas, Dilma decidirá nas próximas horas quem será o substituto de Novais.
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