DEPOIS QUE A REDE DE MARINA FUROU,
VEJA COMO FICARAM OS PRINCIPAIS NOMES DAS ELEIÇÕES DE 2014
MARINA SILVA (SEM PARTIDO)
DILMA (PT)
EDUARDO CAMPOS (PSB)
JOÃO DOMINGOS - Agência Estado
O PSDB do senador Aécio Neves e o PSB do governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, consideram que a rejeição pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) da criação da Rede Sustentabilidade pode ser benéfica para as
candidaturas dos dois partidos à Presidência da República no ano que vem, caso
a ex-senadora Marina Silva não opte por se candidatar por outro partido. Embora
seus líderes tenham dito que lamentam pelos eleitores que poderão ficar
impedidos de votar em Marina - e por ela própria -, eles já começaram a simular
formas de herdar os votos da ex-ministra obtidos na eleição de 2010
(19.636.359).
No PSDB, a avaliação é de que boa parte dos votos que iriam para a Rede
Sustentabilidade poderá migrar, com a provável ausência de Marina no pleito,
para os partidos de oposição, pois a ex-senadora não era mais identificada com
nenhuma parte do governo. Pelo contrário, ela vinha se tornando uma crítica do
governo Dilma, tanto na parte que se refere ao meio ambiente e à
sustentabilidade, quanto na forma como o Palácio do Planalto toca a economia e
faz política, à base do loteamento de espaços na Esplanada dos Ministérios e em
estatais.
Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência, disse que acompanhou
desde o início o esforço de Marina para formação da Rede. "Fomos solidários
a ela, inclusive, quando a truculência do PT se fez mais presente na tentativa
de impedi-la de alcançar seu objetivo no Congresso." O senador disse
lamentar a decisão do TSE, embora tenha de aceitá-la. Já o PSB entende que a
ausência de Marina, se confirmada por ela na coletiva que pretende dar nesta
sexta-feira, 04, abrirá forte possibilidade para que Eduardo Campos apareça
como o nome novo da eleição presidencial do ano que vem.
"Marina é porta-voz da mudança, o que se assemelha ao nosso
discurso, de fugir da dicotomia entre PSDB e PT, existente nos últimos vinte
anos. O Brasil se cansou dessa luta. Esse círculo se encerrou. A candidatura de
Eduardo Campos é uma candidatura nova, que aponta para um cenário novo, para
novo ciclo de desenvolvimento econômico e avanços sociais", afirmou o
líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS). "Lamentamos, no entanto,
que Marina não tenha conseguido seu partido", completou.
O presidente do PPS, deputado Roberto
Freire (SP), que ainda tem esperanças na entrada de Marina Silva em seu partido
para viabilizar a candidatura à Presidência no ano que vem, disse que não é
hora de ficar falando sobre a possibilidade de abrigar a ex-ministra. "Não
depende de nós, mas dela", afirmou.
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