quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

ANTES MESMO DA FOLIA COMEÇAR ! Líder da oposição denuncia farra com dinheiro público no carnaval

A líder de oposição à gestão municipal, vereadora Priscila Krause (DEM), foi à tribuna da Câmara do Recife na tarde desta quarta-feira (9) para denunciar vários fatos que colocam em suspeita a execução do carnaval do Recife. Dois fatos chamam atenção: a privatização da venda do merchandising - que beneficiará uma empresa da Bahia - e as recorrentes entrevistas coletivas promovidas por João da Costa (PT) para anunciar assuntos relacionados à festa.

As coletivas são regadas de quitutes que, inclusive, serão motivo de pagamento pela Prefeitura de uma bagatela de R$ 852 mil. Esse é o valor de uma licitação vencida por uma casa de recepção da cidade apenas para servir à Fundação de Cultura do Recife num período máximo de 12 meses. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Recife ontem (terça-feira, 8). Nesta quinta, Priscila solicitará acompanhamento dos contratos e gastos da folia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE).


"Venho fazer essas denúncias porque são muitos contratos que precisam ser vistos com lupa. O carnaval do Recife é uma festa consagrada, um produto de fácil comercialização, mas há um contrato assinado com uma empresa de fora de Pernambuco que vai receber verba de todos os patrocínios firmados com a Prefeitura", afirma Priscila.


Um dos tópicos mais polêmicos do contrato assinado com a empresa é o que estabelece o lucro de 10% em cima de todos os patrocínios públicos firmados junto à PCR. Na prática, parte da verba do governo do Estado - um tradicional patrocinador do carnaval recifense - beneficiará uma empresa privada. "Como uma verba pública, com destinação pública, vai beneficiar um ente privado?", questiona a vereadora. Em Olinda, por exemplo, a venda do patrocínio é realizada diretamente com as empresas interessadas, tanto públicas quanto privadas.

Priscila lembra que o ex-prefeito João Paulo (PT) criou em 2005, dentro da Secretaria de Cultura, a Diretoria de Captação de Recursos e Marketing Cultural, instalada com o objetivo principal de facilitar a venda desses patrocínios. "A máquina pública paga essa diretoria com o intuito de que ela realize esse trabalho. Não podemos repassar para uma empresa privada", registra Priscila.
 
Sobre os R$ 852 mil que serão gastos com serviços de bufê exclusivamente para a Fundação de Cultura Cidade do Recife, Priscila acrescenta que o edital de licitação possibilita a renovação do contrato por mais 60 meses, fato ainda mais espantoso. Nesse caso, seriam pagos mais de R$ 5 milhões pelos quitutes.


Fonte:http://jc3.uol.com.br/blogs/blogjamildo/canais/noticias/2011/02/09/lider_da_oposicao_denuncia_farra_com_dinheiro_publico_no_carnaval_do_recife_91664.php

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